segunda-feira, 30 de maio de 2011 | By: Comunicadores de Plantão

O lixo na Cidade Alta

A Cidade de Salvador uma metrópole que abriga uma população de sete (7) milhões de pessoas, dividida pelos bairros da cidade baixa e alta. E claro que com uma cidade tão populosa existem vários problemas, e um deles é o lixo na cidade. Das quase 115 mil toneladas de lixo geradas a cada mês em Salvador, a parte reciclada é absurdamente menor: apenas 2,3 mil toneladas. Hoje Salvador conta com dois "depósitos de lixo", o aterro de Canabrava, que recebe materiais pós-construção, e o Aterro Metropolitano Centro, na estrada do Cia, próximo a Simões Filho.

O sistema de coleta seletiva da Prefeitura Municipal de Salvador, realizado através da Limpurb, é dividido em quatro grupos:

1)Resíduos sólidos urbanos: composto por resíduos provenientes do comércio e das residências, o que totaliza 728 mil toneladas por ano, 60,65 ton./mês.

2) Resíduos de construção civil: representam 44% do total coletado, e a soma é de 605 mil ton./ano, o que dá 50,40 ton./mês.

3) Resíduos vegetais: vêm de feiras livres como a de S. Joaquim e a Ceasa; e das podas das árvores provenientes da Coelba e da Superintendência de Parques e Jardins.

4) Resíduos de serviço de saúde: vêm das clínicas e dos hospitais. Até 2006, a prefeitura realizava a coleta, mas houve uma mudança na legislação que repassou 100% da coleta para empresas particulares. 

Em alguns bairros da cidade alta a coleta é precária, no engenho velho da federação os moradores reclamam da falta de recolhimento do lixo, ficando assim amontoados  de lixos e  entulhos espalhados pelas  ruas.

                                 Lixo no Engenho velho da federação próximo a uma escola.

O planejamento da coleta de Lixo na RMS(Região Metropolitana de Salvador) é nenhum, e está defasado há quase uma década, segundo acusam ambientalistas e técnicos. Numa amostragem das conseqüências, o centro da capital - do trecho que vai do Campo Grande à Praça Municipal -, além das ruas do bairro de Itapoã - consta-se visivelmente  focos propícios à disseminação de  doenças infecto-contagiosas e da contração da  dengue. Faltam caixas coletoras em diversos pontos e a coleta é bastante irregular.


FOTOS:
  









Terreno com detritos no bairro do costa azul.


 





Funcionários da Limpurb em ação nas ruas da cidade.
Mas em Rua de Itapuã, moradora se queixa do acúmulo de lixo.










 No supermercado Bompreço, localizado próximo ao shopping Barra, há um posto destinado para reciclagem no estacionamento. Infelizmente o recolhimento desse lixo não é diário, o que gera mais um problema, a quantidade de insetos como formigas e baratas e animais como ratos e pombos é enorme, principalmente à noite.



 




 Achamos um vídeo na internet que mostra bem o acumulo de lixo na cidade alta, na AV.Carlos Gomes o lixo está tomando parte de todo o passeio, fazendo com que as pessoas fiquem praticamente no meio da rua.




Texto produzido pelos alunos de jornalismo da Faculdade da cidade do Salvador:

Adriana Oliveira
Carla Hupsel
Cecílio Passos
Silvia Helena
Yeda Mello





















Fotos dos índios Xucuru Cariri

                                Momento dos índios mostrarem a sua dança para os alunos.
                                     Índia  respondendo uma pergunta feita por uma aluna.

                                            A índia explicando as culturas na tribo.

                                       Exposição das artes feita por eles na tribo.

Visita dos índios Xucuru Cariri (Por-Cecílio Passos)

Em abril, abrimos as portas da Faculdade da Cidade para que os índios da Tribo Xucuru Cariri adentrassem e dessem um show de cultura viva.
O encontro ocorreu nos dias 12 e 13 de abril no Edifício Bradesco. E, nesse contexto, ocorreu um grande debate sobre a cultura indígena, em que se defenderam as suas origens, costumes, artesanatos, religião entre outros temas do cotidiano.
Os índios se mostraram bem adaptados a realidade atual deles na sociedade, mas não muito satisfeitos. Fizeram algumas alusões ao vivido anteriormente, como eram seus modos de vestir, costumes peculiares da tribo, o viver da caça, da pescar e da colheita de vegetais. Discutiram com muita propriedade sobre os temas que foram abordados. Koram uma das integrantes da tribo tinha um discurso bastante politizado, em que defendia os interesses de sue povo e fazia severas críticas à FUNAI (Fundação Nacional do Índio), que segundo ela é um órgão que não compreende a realidade do viver indígena, fazendo com que os índios criem outros meios para preservar a sua cultura e consigam sobreviver.
Foram apresentadas ao longo do encontro algumas ervas que são utilizadas pela tribo para tratamento medicinais, os artesanatos que são utilizados como adereços para se embelezar e também são vendidos para aquisição de renda, além de um breve debate sobre a religião, onde a Mãe Terra foi reverenciada com um lindo canto que encantou e embalou todos os presentes.
A Faculdade abriu suas portas, e fez com que os seus estudantes - integrantes de uma sociedade moderna, abrissem suas cabeças e compreendessem todo o legado que a comunidade indígena tem a nós ofertar, quebrando todos os laços de superioridade e nos igualando perante a cultura.
sábado, 28 de maio de 2011 | By: Comunicadores de Plantão

Visita dos índios Xucuru Cariri (Por-Carla Hupsel)

A Faculdade da Cidade do Salvador realizou nos dias 12 e 13 de abril um evento com os índios Xucuru Cariri. O evento foi organizado pelos professores e alunos dos cursos de jornalismo e publicidade do primeiro e segundo semestre. Para participar foi necessário contribuir com 1 kg de alimento e a quantia de R$ 2,00.
            No primeiro dia de palestra podemos conhecer alguns índios da tribo, seus nomes possuem significados que remetem a suas origens, inspirados nas paisagens, terra e outros. Na palestra conhecemos Coran, Iracerê, Itabina, Tiaclã, Iaru e Canindé. Os membros da Xucuru Cariri são originários de Alagoas, da região de Palmeira dos Anjos.
            Os índios falaram sobre sua relação com a natureza. Quando alguém da tribo está doente é das plantas e flores que eles tiram ervas para fazerem chás para curar o enfermo, além disso, há sete pessoas na tribo que trabalham com a produção de remédios naturais. A índia Coran, que é técnica de enfermagem, também explicou que há um projeto futuro para a montagem de uma farmácia natural na tribo.
            No final do primeiro dia de palestra os índios apresentaram duas danças típicas. O Toré, que é uma dança de boas vindas e a dança da chuva. Os índios convidaram aos estudantes que participaram do rito.
No segundo dia de palestra um tema bastante conflituoso foi a relação dos índios com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio). Os índios da tribo criticaram a FUNAI, segundo eles a organização querem mandar nos índios, o que atrapalha, ao invés de ajudá-los frente ao governo. “O índio é morador do governo não tem terra, continua sem terra”, afirma Iracerê. A índia Coran explica que a terra está lá, que de acordo com a lei eles têm direito a um grande pecado, mas não está sendo cumprido pelo governo. “Muitos querem plantar, mais não tem terra suficiente. Há áreas demarcadas para o plantio. 85% da tribo não têm onde plantar”, reclama. Nenhum membro da FUNAI compareceu ao evento, portanto só há o ponto de vista dos índios.
O índio Iaru falou um pouco sobre a figura do índio visto pela mídia. “A versão da mídia nem sempre confere com a verdade. Os estudantes que queimaram o índio em Brasília não teriam a mesma punição se fosse o homem branco que tivesse sido morto”, explica.
Os alunos se mostraram muito interessados no artesanato indígena. O artesanato é produzido pelos índios através do que eles encontram na natureza, sementes, pedras e penas. A renda produzida do artesanato comercializado é a forma atual que eles têm para ganhar a vida, “muitos índios deixam a tribo, para tentar ganhar a vida em outros estados, alguns retornam, outros não”, afirma Iaru.

quarta-feira, 25 de maio de 2011 | By: Comunicadores de Plantão

Visita dos índios Xucuru Cariri (Por-Adriana Oliveira)


Nos dias 12 e 13 de abril os índios da tribo Xucuru Cariri vindos de alagoas, se apresentaram na Faculdade da Cidade do Salvador e conversaram com os alunos sobre as suas culturas, crenças e seus modos de vida, ensinando assim um pouco do dia a dia deles e aprendendo sobre o nosso também. A índia Itabira é a curandeira da tribo, falou sobre os tratamentos de saúde usados lá, a base de folhas e raízes que são eficaz contra as doenças.
Ela diz também que os nomes dos integrantes da tribos são criados a partir da natureza, antigamente não podia ser registrado o nome indígena, cada índio tinha seu nome da cultura indígena e outro na identidade, outra curiosidade também é que  hoje eles não falam mais o dialeto IPA, mais procuram não perder com o tempo essa lingua. O índio Canidé “falou sobre a dança da tribo que é chamada de” Tóre” é feito um circulo e eles vão dançando e cantando músicas tipicamente indígenas, a dança é algo sagrado para eles, pois através dela eles dão boas vindas aos visitantes, cantam para agradecer a boa colheita entre outras coisas.Por fim a  Faculdade da Cidade do Salvador, e um grupo de alunos do 1° semestre  do curso de publicidade, deu aos índios Xucuru Cariri  a oportunidade  de mostrar melhor a sua cultura, e os alunos presentes aprender um pouco mais com pessoas tão importantes para a nossa historia do Brasil, sendo os primeiros habitantes do país e que ultimamente não estão sendo  respeitados como deveriam, pois só com o dia 19 de abril eles podem se expressar e mostrar suas tradições, que são tão ricas em detalhes.

Entrevista com a índia Itabira (Feita por Adriana Oliveira)

AO:Vocês tem medo que no Brasil a cultura indígena se desfaça por conta de todas essas modernidade que estamos vivendo?

IT: Sim, isso nos preocupa bastante, porque a nossa cultura vem de muitos anos, e perder o espaço conquistado será algo muito ruim.

AO: Pelo que podemos ver, vocês são bem ligados a natureza, pois através dela são feitos os rémedios e os seus trabalhos artísticos, como vocês vêem essas devastações, a poluição e a falta de consciência das pessoas em relação a natureza?

IT: Ficamos tristes com tudo que acontece com a nossa natureza, ela nos dá tudo que precisamos e as pessoas não sabem aproveitar e acaba distruindo ela por nada.

AO: Então é isso, obrigado índia Itabira por nos passar essa lição de conhecimento e gostaria de elogiar também o trabalho feito por vocês.

IT: Obrigado vocês por nos dar essa oportunidade para falarmos da nossa cultura. 



Visita dos índios Xucuru Cariri (Por-Silvia Helena)

Os Índios da tribo Xucuru Cariri fizeram uma apresentação na faculdade da cidade do Salvador, que fica localizada no prédio do Bradesco, no comércio. Fizeram uma apresentação, mostrando seus costumes, danças e artesanatos  
            Os índios chamaram os alunos para participar da apresentação com o objetivo dos alunos aprendem a dança. A professora Antoniela Devanier que foi a mediadora do encontro também interagiu dançando. 
            Eles falaram das dificuldades que eles enfrentam com o descaso das autoridades da região. A Índia Karan Xucuru que é terapeuta holística e técnica em enfermagem foi a líder do grupo e explicou como eles tentam  viver apesar da modernidade, de modos e costumes antigos, mas também precisam aprender os costumes dos brancos para lidar com determinadas situações.
            Os Xucurus-Kariris são um grupo indígena que vivem no município brasileiro de  Palmeiras dos Índios, no estado de  Alagoas, e vem da união de duas etnias distintas, Xucuru e Kariri. Habitam as Áreas Indígenas Mata da Cafurna, Xucuru-Kariri e Fazenda Canto. 
                     Os Xucurus-Kariris têm como referência territorial histórica os limites do antigo aldeamento indígena onde a propriedade lhes foi concedida por sentença judicial em meados do século XIX, onde a demarcação havia sido autorizada em 1822.


Vejam o que a índia Karan Xucuru fala sobre as dificuldades da tribo.
Por Silvia Helena:

 SH: Quando um índio fica doente na tribo, vocês procuram ajuda de medico?

KX:Sim, quando dentro da tribo vemos que não podemos fazer nada levamos para um hospital.  

SH:Com a tecnologia e os avanços dos tempos, as crianças têm perdido a essência dos Índios antigos?

KX:Temos escolas para os mais velhos aprenderem a língua portuguesa, mais também professores para ensinar a cultura da tribo para os pequenos não perder o dialeto indígena.

SH:O que significa xucuru na língua indígena?

KX:Significa andarilho.
terça-feira, 24 de maio de 2011 | By: Comunicadores de Plantão

Visita dos índios Xucuru Cariri. Por:Yeda Mello


A Faculdade da Cidade do Salvador em comemoração ao mês do Índio trouxe nos dias 12 e 13 de abril a tribo indígena Xucuru Cariri do Estado de Alagoas. Palestras e debates foram realizados no Ed. Bradesco, Comércio. Uma apresentação com direito a exposição e dança indígena.
Mediada pela professora Antoniella Devanier, o evento foi bastante interessante e importante para o nosso conhecimento cultural brasileiro.
            O evento foi um grande incentivo para as pessoas conhecerem mais e melhor essa população que é tão discriminada pela sociedade. A palestra passou para o público, conhecimento como: seus costumes, crença, meios de cura através de chá e outras curiosidades. A tribo fez uma exposição de seus trabalhos durante o evento para quem quisesse comprar ou até mesmo só conhecer seus trabalhos.
            A índia Karan Xucuru é a porta voz do grupo, ela falou como os índios são curados quando estão doentes, e como é feito o parto, comentou também como eles são discriminados pela população e que não são bem aceitos.
            A Faculdade da Cidade e a professora Antoniella Devanier estão de parabéns por esse rico e grandioso evento.
            Eu, Yeda Mello estudante do segundo semestre de jornalismo desta instituição, tive o privilégio de entrevistar a representante da tribo Xucuru Cariri, Karan Xucuru.

ENTREVISTA:       

YM: Como os índios são vistos pela população?
KX: Nós não somos bem vistos pela população, ainda existe preconceito contra nós. A cada dia vamos lutar e tentar passar outra visão em relação a nós índios.
YM: Que tipo de preconceito?
KX: Essa visão ainda de sermos agressivos e não termos costumes dos homens brancos.
YM: Vocês para curar um doente com uma doença grave procuram um hospital na cidade ou fazem o procedimento de vocês? Através de ervas!
KX: Nós sempre curamos nossos doentes através de ervas, isso vem desde nossos avós, passa de geração para geração, agora quando o estado de saúde é grave, aí sim procuramos um hospital.
YM: Muito obrigada, vocês estão de parabéns, adorei a palestra e ainda participei da dança. (risos)
KX: (risos) Nós que agradecemos é sempre um prazer realizar esse tipo evento.